Ao longo de minha carreira na TI, vivenciei duas grandes mudança na estrutura computacional, a primeira, foi a mudança do modelo centralizado, de mainframes e microterminais, para arquitetura cliente-servidor, já com os tradicionais computadores e servidores físicos, interligados via rede. Agora vivencio a segunda grande mudança, para o paradigma da computação em nuvem (cloud computing).

O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing), que tem como símbolo, uma nuvem, refere-se à alocação de fatias, de recursos de computadores ou servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, compostas basicamente por memória, processamento, armazenamento, e banda transmissão de dados, seguindo alguns dos princípios da computação em Grid (múltiplos servidores processando as mesmas demandas, de forma balanceada e redundante), disponibilizando a aplicação mundialmente via web.

Para os usuários mais leigos, alguns exemplos bem simples, de aplicações On Cloud (na nuvem), são:

Dropbox

Serviço de disco virtual utilizado para guardar e compartilhar arquivos, onde o sistema está instalado em um conjunto de discos (Hds), e o mesmo entrega uma fatia deste espaço a seus usuários.

OneDrive

Serviço da Microsoft, semelhante ao Dropbox.

Google Docs

Serviço da Google que permite a visualização, edição e compartilhamento de arquivos de texto, planilhas e apresentações de slides em tempo real, e em qualquer parte do mundo, podendo ser acessado desde computadores, notebooks, smartphones e outros dispositivos.

Office Online

Serviço da Microsoft, semelhante ao Google Docs.

Cloud Host

Serviço de hospedagem oferecido pela SAN Internet, para hospedagem de sites.

Agora imagine tudo isso numa escala maior, onde hoje temos complexos sistemas de bancos de dados, sistemas gerenciais como ERPs e CRMs, e inúmeros aplicativos de utilização em massa, rodando diretamente na nuvem, como sistemas bancários (home banking), onde o cliente pode acessar e movimentar sua conta, em qualquer parte do mundo, tendo apenas um dispositivo como um smartphone, com conexão com a internet.

Dentro deste pensamento, de alta disponibilidade e acessibilidade universal, temos uma tendência mundial, onde cada vez mais, empresa contratam muito além de e-mails e hospedagens, corporações estão alugando VPSs(virtual private servers), servidores Virtuais inteiramente na nuvem, dimensionados para cada aplicação, de acordo com a necessidade e orçamento de cada um. Este é nosso o negócio. Este é o negócio da SAN Internet.

O que estou querendo dizer, é que, o mundo corporativo está entendendo que é mais barato contratar um espaço em um servidor virtual e ter seu banco de dados, por exemplo, rodando em cloud, do que comprar um servidor, alocá-lo dentro de sua empresa, contratar colaboradores para cuidar do serviço, contratar licenças etc. para se utilizar 10% ou 20% dos recursos de sua capacidade computacional.

Um estudo encomendado ao Gartner Group, sugere que, entre 5 a 10 anos, tenhamos 100% das aplicações corporativas na nuvem, e aponta que a maior dificuldade das empresas, em migrar para esta tecnologia, é a dificuldade de dimensionar e precisar a quantidade e o formato dos dados dentro das empresas.

Corporações gigantescas como a Oracle, estão caminhando a passos bem largos para oferecer este serviço de data center na nuvem, e banco de dados On Cloud, esta parece ser a única direção para os próximos anos, e os próximos desafios, apontam ser aplicações e plataformas para interligar e gerir diversas nuvens, aumentando a escalabilidade, a exemplo deste tipo de solução temos o Open Stack, chamado também, de Sistema Operacional da Nuvem.

Ainda este ano, veremos o aquecimento da tão falada “virtualização de desktop”. A necessidade de poupar energia, de economizar em equipamentos, o trânsito cada vez mais caótico e as conexões internet cada vez mais baratas e estáveis tornará essa aplicação muito viável, sendo uma camada da nuvem, a nível de usuário final.

Em suma, a nuvem é, sem dúvida, o futuro da TI, e já é uma realidade em boa parte dos serviços e softwares ofertados.